Uma das anotações que faço quando estou entediada (e triste).

30 de Agosto, às 16:58

"O mês de Agosto demora tanto pra passar… Ah, amor! Eu senti falta de escrever para você. E que nem sei por onde começar. Meus dias? Os mesmos. Mudei de cidade mas queria mesmo era mudar de corpo. De alma, talvez. Não tenho mais tempo para escrever, não tenho mais tempo pra mim. Às vezes penso que é um erro existir. Algumas pessoas fazem desse erro, algo bom. Queria ser assim. Seria maldade desaparecer do mundo, algumas pessoas (por incrível que pareça), iam sentir minha falta (digamos que sim). Queria poder ir e vim dessa coisa louca que chamamos de ‘mundo’. Seria loucura não? Quando aquela pessoa quebrasse o seu coração apenas com palavras, você iria para outro mundo, conheceria novas pessoas, e novos amores. E quando ficasse melhor, voltaria. Mas não com o mesmo amor... não com a mesma vontade de ficar, tem pessoas que não merece, amor, nem um pingo do nosso amor. Achas que isso é clichê? Desculpe-me, amor! Ai. Te chamo tanto de amor que estou achando que nem mesmo é um. Existe isso de acabar o amor? Pois se existir, eu não quero nem conhecer. Amor! Eu ando tão triste. Ai. Eu tenho vontade de correr pra sua casa, deitar na sua cama e só levantar de lá quando ter a certeza de quê nada vai me fazer chorar. Eu já não aguento viver assim, nos mesmos dias. Ah! Amor! Os dias tem se arrastado e isso não é bom. Os dias se arrastam e meu coração; vai junto."

Dia 22 de julho, às 00:21

"Hoje é domingo, e como sempre: nada à falar. Se já faltavam palavras nos dias de semana, chega domingo é pedir pra ficar quieta. Tenho percebido que estou mudando… E não sei se isso é bom ou ruim. Está mais pra ruim, pois estou ficando muito mais mau-humorada do que eu já sou. Sexta fui numa festa, e percebi que: caralho! como eu odeio gente. Eu não sei conviver com elas mais. Desaprendi. Bom, é isso.

Se cuida, amor. "

Eu... amava a França.

Eu amava a França e todos seus belos homens com suas barbas tortas. Eu amava a França e todas suas belas mulheres com suas belas franjinhas. Eu amava a França e sua bela bandeira de apenas três cores. Eu amava a França e todos os seus filmes. Eu amava a França e todas as cenas em que Audrey Tautou atuou. Eu amava a França e todas aquelas calmas músicas. Eu amava a França e todo aquele tremelique que eu tinha ao ler sua mensagem: "Bonjour, mon amour. Je t'aime." Eu amava a França até que você... partiu para lá. Eu amava a França. Eu... amava você.

30/08/2013.

Temos nós tanto quanto um pássaro tem suas penas. Os dois pensam em desatar, não adiantaria, amor. Mesmo que se desafaça o nó de uma corda, ficará marcas. Sabes disso, não? Me disse uma vez que um nó pode ser bom, já eu, discordo. Nó, meu bem! Machuca, aperta, dói. Pois bem, tem dor que vem para melhor. Se melhor for ficar se doendo, se melhor for se sentir apertado como quem calça 37 e está usando 34. Ah! Eu prefiro estar mal. 

Faz-me falta um abraço sincero...

... de verdade, de coração. Um vazio que se instalou dentro do meu peito e está a sufocar-me. O medo de continuar sozinha me apavora por alguns segundos, até que lembro já vivi solidão demais. Esse vazio não é o primeiro. E talvez nem será o último. Falo no silêncio comigo mesma - Nada permanece, solidão não irá ficar por menos -  Eu apenas quero sentir o que for melhor, se solidão for, me encaixo logo.

Mas meu desejo sempre foi de ficar só... só com você.

A verdade é essa: ninguém nunca fica tanto tempo na sua vida ao ponto de você odiá-lá.

Ah! E essa verdade faz doer, faz sangrar. Pois ninguém nunca é adulto o suficiente para entender isso. Abrir mão de alguém não é tão fácil quanto abrir a própria mão, quando você tem alguém na sua vida ela cola sua mão com afeto, esperança, e principalmente com amor, e então, é difícil abrir. E como é. Arranque meu braço, mas não me faça abrir mão da pessoas que eu amo. Arranque cada membro de meu corpo, mas por favor, não me deixa abrir mão dessas pessoas, as quais eu não, (eu juro), não trocaria por nada. Mate-me, e então meu coração não irá partir toda vez que alguém partir.

Como é? Isso nunca vai parar? Porra, não é possível. Alguém precisa arrumar curar para isso, pois deixar alguém que você ama só pode ser doença. Alguém que quando você morre todas as noites, te faz renascer ao amanhecer, ah não! não é possível. Cala a boca! Eu sei que as coisas nem sempre são como esperamos que fossem. Mas... Mas...

Então... é assim? Vivemos parar deixar de lado? Tudo bem, eu aceito. A verdade é que ninguém é dono de ninguém, e então, podemos ir embora... podemos entrar na vida de alguém como e quando quisermos, pois a vida é isso: uma eterna pista de saída.

Eu já estou indo! E você, fica?!

...

Ela deu uns daqueles suspiros de choro. O coração não aguenta tudo isso não… Ela tenta lembrar todos os dias de que não precisa dele, não precisa dele… Tenta, até acreditar.
Talvez ela precise de alma, alma que carrega tudo isso, alma que suporta, alma que não traga saudades, muito menos rancor. Alma minha, alma dele: uma só alma! - repetia.

Mas talvez ela só precise de um coração completo, ou nem tudo isso, talvez precise d'ele aqui, quem sabe ele não completa? Meu Deus, ela sempre viveu sem aquele moço, porque agora seria diferente? Tens medo de morrer se não passar um dia perto dele. E o pior é que ele nem sequer saber quem és.

Quão tolo o amor, faz precisar sem ao menos ter.